Senhores Professores e Professoras
O Núcleo Gestor da escola convida-os a contribuir com a execução do projeto abaixo, pois sem sua ajuda não será possível construir uma escola de paz e melhor disciplina, por isso, este projeto visa prevenir o envolvimento de nossos alunos com as drogas.
PROJETO ATUANDO NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS NA ESCOLA
Atividade a ser aplicada com a turma de referência escolhida pelo Professor
1ª) Aplicar junto com o professor orientador do projeto atuando na prevenção de drogas o Questionário de conhecimento do risco e proteção dos alunos em relação as drogas. Fazer junto com os alunos a medição no termômetro de risco e proteção.
2º) Fazer a relação dos alunos da turma que obtiveram maior grau de risco conforme o termômetro indicou.
3ª) Analisar em conjunto com a série/turma o grau de risco e proteção da turma.
4ª) Ficar observando e fazer intervenções socioeducativas e sociofamiliares junto aos alunos com alto grau de risco, para que este diminua o grau de risco de envolvimento com drogas (Formular um relatório sobre os alunos da lista e as intervenções feitas no intervalo de 2 em 2 meses.
Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas
EEFM Juvenal Galeno
Rua Oto de Alencar, nº 193 – Bairro Jacarecanga – Fortaleza/CE
CEP: 60.010-270 Código: 23072890
Cursistas
José Airton Passos
Nadja Maria Maia Chaves
Francisca Irene Dias Ângelo Freitas
Sandra Oliveira Barreto
Título do Projeto:
ATUANDO NA PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS NA ESCOLA
Data de Conclusão do Projeto: 30 de Novembro de 2011
2. Introdução
A função social e educacional de uma escola deve perpassar a expectativa da sociedade, assim, o desenvolvimento de ações complementares e interdisciplinares que beneficie os alunos e suas famílias precisa ser executado numa visão da realidade local.
A demanda das escolas é muito grande no que concerne a temática drogas, e assim, agir de forma preventiva para que possamos deixar os estudantes protegidos também no âmbito escolar, é um desafio, pois a escola precisa estar preparada para ações concretas, desde o acolhimento dos adolescentes e jovens na escola quando for detectado mudanças bruscas no comportamento, até a orientação educacional, sócio-familiar e cuidados com a saúde.
Normalmente a família dos alunos que estão com problemas relacionados ao uso de drogas é quem por último fica sabendo, assim, a escola precisa atuar no campo da educação preventiva para a saúde e uma qualidade de vida melhor, onde através da inserção da temática prevenção do uso de drogas de forma interdisciplinar no currículo escolar é que mostrará o compromisso com as políticas públicas da educação para a prevenção e para o alcance do seu objetivo, o sucesso dos discentes.
A EEFM Juvenal Galeno faz parte da rede estadual de ensino do Governo do Estado do Ceará, proporciona as modalidade de ensino fundamental (6º ao 9º anos) e de ensino médio (1º ao 3º anos).
Está inserida no Bairro Jacarecanga, nas proximidades do centro comercial da cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, em frente a Praça Gustavo Barroso ou Praça do Liceu como é mais conhecida, tendo a sua esquerda as instalações do quartel do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará.
Nossas turmas de ensino fundamental funcionam na maioria no turno da manhã, tendo algumas turmas no turno da tarde, já o ensino médio funciona somente no turno da tarde.
A escola possui um quadro funcional onde a maioria dos educadores são concursados, os funcionários uma parte é terceirizado e outra são de concursados.
A escola possui um Laboratório de Informática com 14 máquinas funcionando, possui um Laboratório Multidisciplinar de Ciências (Biologia, Química e Física), tem uma sala de apoio pedagógico que se utiliza para vídeos, palestras entre outras atividades. Em relação a leitura existe a sala de multimeios onde os alunos, professores e funcionários podem ter acesso para pesquisa e leitura.
A média de alunos matriculados por ano é de 750 alunos, incluindo o ensino fundamental e médio.
A escola sabe da importância de fomentar e realizar atividades diferenciadas e estimuladoras, assim, costuma fazer com freqüência aulas de campo, visitas a espaços culturais, realização de eventos culturais e de orientação profissional através de palestras executadas via convite da escola a Organizações Não Governamentais (ONG’s) e empresas públicas e privadas.
2.1 Aspectos teóricos
Os adolescentes e jovens atualmente precisam ser entendidos e trabalhados pelos educadores de forma mais flexível, pois a realidade social é bastante diferente de tempos atrás.
Uma relação para ter sucesso, precisa ser construída nos pilares do respeito, compreensão e amizade. Assim, através da conquista da confiança do adolescente em seus educadores é o que fará a diferença, e este passo deve ser dado pelo educador, é ele quem deve ficar responsável de sempre procurar analisar de forma ampla e holística porque um adolescente tomou uma atitude drástica e repentina e se está ocasionando pioras no seu rendimento escolar.
A realidade do contexto familiar, escolar e comunitário precisa ser levada em consideração pelo educador, uma vez que isso pode ocasionar prejuízo acadêmico ao adolescente, assim, o professor precisa agir de forma a atender sua clientela da melhor maneira, realizando um atendimento/acolhimento de inicial.
O trabalho desenvolvido na escola, deve procurar não assumir um papel moralizador e doutrinador, tomando o conhecimento como algo estanque e acabado, mas possibilitando experiências criativas, nas quais professores e alunos pudessem se colocar em outros lugares e papéis, compreendendo as forças que transversalizam a escola e tomando o fenômeno das drogas em seu contexto histórico-social. As ações precisam ser pautadas não pensando em termos de desvios e doenças, mas considerando os sujeitos concretos, sociais e subjetivamente construídos. Com isso possibilita-se, como afirma Foucault (1985), desterritorializar formas enraizadas de intervenção e reterritorializá-las a partir de outros modelos de atenção em saúde.
EPIDEMIOLOGIA NO BRASIL
De acordo com os dados do V Levantamento Nacional sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas Entre Estudantes do Ensino Médio da Rede Pública de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras, 2004.
Amostra (Brasil) :
N= 48.155 estudantes (dados expandidos)
50,8% feminino
Faixa etária predominante: 13 a 15 anos
71,6% - ensino fundamental
21,2% pertence à classe social A e B
A idade do primeiro uso de drogas
IDADE NO PRIMEIRO USO DE DROGAS (Valores entre 11,5 e 15 anos)
Idade Variação para mais ou para menos
COCAINA – 14,4 ± 2,0*
MACONHA – 13,9 ± 1,8*
CRACK – 13,8 ± 2,2*
ANSIOLITICOS – 13,5 ± 2,1*
ANTICOLINÉRGICOS – 13,4 ± 2,4*
ANFETAMÍNICOS –13,4 ± 2,2*
SOLVENTES –13,1 ± 2,2*
TABACO –12,8 ± 2,1*
ÁLCOOL –12,5 ± 2,1*
* Fonte: ANOVA seguindo Teste de Tukey. p<0,05. Comparou-se a idade do primeiro uso na vida de álcool com as demais drogas. O uso de álcool teve a menor média de idade de primeiro uso entre todas as drogas pesquisadas.
O álcool e tabaco aparecem com idade menor do primeiro uso que para as outras drogas psicotrópicas.
A média de idade, em anos, do primeiro uso de álcool e tabaco foi de 12,5 anos e 12,8 anos, respectivamente.
É expressivo o número de estudantes que fizeram uso na vida entre 10-12 anos: 41,2%.
Comparação do uso freqüente de estudantes entre Brasil
Brasil e Regiões – Uso freqüente de Álcool BRASIL – 11,7 %
Região Norte – 8,4 % Região Centro-Oeste – 11,7 % Região Sudeste – 12,5 %
Região Nordeste – 12,5 % Região Sul – 12,9 %
Fonte: Comparação do Uso de álcool entre Brasil e as cinco regiões em 2004.
Brasil e Regiões – Uso freqüente de Tabaco BRASIL – 3,8%
Região Centro-Oeste – 3,4 %
Região Nordeste – 3,6 %
Região Norte – 3,7 %
Região Sudeste – 4,1 %
Região Sul – 4,6 %
Fonte: Comparação do uso de tabaco entre Brasil e as cinco regiões em 2004.
Brasil e Regiões – Uso freqüente de Maconha BRASIL – 0,7 %
Região Centro-Oeste – 0,5 %
Região Nordeste – 0,6 %
Região Norte – 0,6 %
Região Sudeste – 1,1 %
Região Sul – 1,1 %
Fonte: Comparação do uso de maconha entre Brasil e as cinco regiões em 2004.
Contextualização da escola
A EEFM Juvenal Galeno está inserida no Bairro Jacarecanga, nas proximidades do centro comercial da cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, é uma escola pertencente a rede pública do Governo do Estado, existente a mais de 80 anos, possuindo um renomado respeito pela população local, por conta de sua carreira histórica na formação humana.
Além do atendimento aos alunos pela manhã e tarde do ensino fundamental e médio dos bairros próximos a escola, recebemos alunos de diversos bairros de Fortaleza, até mesmo de outros Municípios como: Caucaia, Maracaraú e Maranguape.
As comunidades que circundam a escola e que enviam a maioria de nosso público são bastante desprovidas de políticas públicas de prevenção de uso de drogas. As famílias de nossos beneficiários em sua maioria já passaram pela escola em algum estágio de sua vida educacional, alguns tiveram a determinação e conseguiram concluir o ensino médio, outros abandonaram os estudos para cuidarem de suas famílias.
Estas localidades mais próximas como: Morro do Ouro, Moura Brasil, Oitão Preto, Leste Oeste, Pirambu são locais de índice de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a criminalidade é normal na convivência comunitária, tendo como fator gerador o tráfico de drogas, o furto entre outros.
A escola procura atuar o máximo na aproximação da família com a escola, pois reconhece que sem os pais sendo freqüentes no acompanhamento fica muito difícil fazer intervenções junto aos adolescentes e jovens, para isso, tenta procurar também alternativas, conforme suas condições e articulações, para manter nossos alunos protegidos de ações anti-sociais.
A noção de escola como promotora de saúde surge a partir da aplicação dos princípios da Carta de Otawa endossados pela OMS. Essas escolas promotoras de saúde abordam “a natureza integral da saúde, eqüidade de gênero, envolvimento de toda a comunidade escolar, processo decisório participativo, sustentabilidade, adaptação cultural e inclusão de medidas que ampliem habilidades cognitivas e sociais” (Moreira, Silveira & Andreoli, 2006, p.811).
A Gestão Escolar da EEFM Juvenal Galeno, entende e reconhece a importância da realização de atividades complementares extra curricular, dão um incremento a mais nos objetivos e metas educacionais. Assim, a Direção da escola incluiu no ano de 2009, o PLAMETAS – Plano de Metas do Diretor para o quadriênio (2009-2012), diversas atividades extra curricular como: Palestras de orientação profissional, educação para a saúde, meio ambiente e aulas de campos)
O projeto de prevenção estará agindo diretamente com as diretrizes do Projeto Político Pedagógico, que atualmente encontra-se em fase de reestruturação, e este contempla a dinamicidade que a Gestão escolar vêm adotando deste o ano de 2009, ou seja, uma educação dinâmica e centrada no homem como ser transformador do espaço. Com isso, vislumbramos uma maior atuação na área de saúde educacional, pois necessitamos agir urgentemente, em função de inúmeras realidades relacionadas ao tema drogas estar circulando a escola nos últimos anos.
Assim, conforme elenca (Jeolás & Ferrari, 2003) “O diálogo interdisciplinar e inter-setorial nas intervenções em saúde tem permitido atualmente a construção de novas perspectivas de atuação em diversas áreas, entre elas, a prevenção na adolescência. Dessa forma, destaca-se a importância de se trabalhar conjuntamente com a escola e a família.
3. Público Alvo
12 Turmas do Ensino Fundamental de 6º ao 9º Ano – Turno manhã
3 Turmas do Ensino Médio (1º, 2º e 3º ano) – Turno Tarde
4. Objetivos
OBJETIVO GERAL
Fazer um mapeamento geral da escola em relação a situação de risco e prevenção de nossos alunos do ensino fundamental e médio, além de desenvolver atividades lúdicas, integrativas e interativas abordando a temática drogas, com foco na prevenção do uso por estudantes.
Objetivo Específico 1 – Ação Escolhida para o Curso
Aplicação da atividades do módulo II do curso (Aplicação de questionário de conhecimento de risco e proteção nas 12 turmas do ensino fundamental e 3 turmas do ensino médio, utilizar a identificação do termômetro de medida do grau de risco e proteção dos alunos e da turma.
Metodologia
Atividade escolhida a ser desenvolvida para o curso
O Público alvo deste projeto serão os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e alunos do 1º ao 3º ano do ensino médio.
Inicialmente os membros deste curso irão escolher um professor e em conversa individual irá repassar a atividade que ele deverá executar em conjunto (Aplicar o questionário de conhecimento do risco e proteção sobre uso drogas com a turma), depois será entregue aos alunos o termômetro para que façam a medição de seu risco e proteção, terminada esta atividade será feita o recolhimento dos questionários e termômetro, onde os alunos irão colocar seus nomes, no dia seguinte o cursista voltará a sala para realizar o conhecimento do risco e proteção da turma.
Após a identificação do risco dos alunos e da turma, será feita uma lista dos alunos em maior risco, e este será acompanhado pelo professor de sala, onde este poderá fazer intervenções socioeducativas e sociofamiliares para tentar melhorar a situação de risco deste aluno.
METODOLOGIA DE OUTROS OBJETIVOS
A escola estará mobilizando todos os professores da escola interessados a desenvolver na forma de atividade complementar em sua disciplina um trabalho constante de acolhimento, orientação e acompanhamento dos alunos em relação às drogas. Os educadores que aderirem a esta ação, serão orientados e capacitados pelos participantes do curso de prevenção do uso de drogas na escola, estes ficarão responsáveis de realizar na primeira etapa 4 encontros com os professores.
Antes da realização destes encontros será entregue aos professores na forma de empréstimo, os DVD’s dos vídeos do curso de para que assistam em casa, bem como, do material impresso. Os encontros acontecerão na escola, cada um com duração de 1 hora e 40 minutos, em momentos de planejamento dos professores ou outro definido participativamente. Este momento será importante para consolidação das informações referente a metodologia adotada (Roda Dialógica), que consiste primeiramente na aplicação da tarefa 2 do curso, para identificar os fatores de risco e proteção da turma que irá trabalhar.
Numa próxima etapa e já conhecendo os fatores de risco e proteção, os professores poderão identificar quais alunos poderá atuar no acolhimento e orientação educacional, social e familiar de forma mais enérgica, com vistas no fortalecimento do indivíduo e da família para que juntos possam diminuir os fatores de risco.
Este é um dos desafios, pois os professores costumam acionar a família apenas quando o aluno(a) já realizam algum ato de indisciplina, pois partir para ações preventivas e de corpo-a-corpo com a família-aluno logo que algum risco o esteja rodeando não é uma prática dos educadores. Para esta ação ser realizada com sucesso, ir-se-á fornecer orientações nos encontros para que os educadores procurem agir com sensibilidade, procurando olhar o aluno como um ser humano que erra e está em processo de aprendizagem intelectual, social, afetiva em procura da chamada autonomia e liberdade juvenil.
O educador precisa entender que a fase adolescente e jovem de um indivíduo é muito conturbada, e pode ficar mais ainda se este aluno(a) não encontra espaços que dêem a ele atenção, oportunidade para expressão de seus potenciais, assim os educadores sensíveis que não pode haver discriminação, ou seja, esquecer os mais danados e complicados, dar atenção maior aqueles que tiram nota baixa, não estar nem ai para os alunos indisciplinados, isso precisa ser revertido.
Pode-se até dizer que, pelas experiências de ensino, os alunos mais comportados e que atingem as médias escolares têm este perfil por que a família (pai, mãe, avós, tios etc) é mais presente em sua vida, transmitem afeto/amor, atenção e boas práticas de vida, aqui está o desafio do educador, ter que saber lidar de forma igual para todos e fazer algo mais para aqueles alunos(a) que necessitam de mais atenção, seja no campo da educação forma1 onde têm dificuldade de aprendizado ou das dificuldades que está passando na transição para a fase adulta, este será o foco de sensibilização dos educadores para que realizem o acolhimento e dos alunos em situação de risco e vulnerabilidade social, ou seja, atuar junto ao aluno(a) e a sua família dentro das competências da escola.
Após os professores terem identificado os alunos com maiores fatores de risco, estes poderão agir junto a eles através de diversas formas como: Procurar aproximar-se mais destes alunos(as); Procurar observar mais suas atitudes dentro e fora de sala; Dar uma atenção maior a estes alunos como da maneira que achar conveniente; Chamar a família para ficar mais presente no seu acompanhamento educacional entre outras.
A Roda Dialógica será a terceira fase da atuação do educador, somente depois de conhecer a sua clientela, ele terá subsídios para desenvolver o um processo de diálogo aberto com os alunos, pois precisa ser uma atividade desenvolvida com cautela e levada para os alunos de forma ampla sem destacar nenhum personagem no grupo caso tenham sido identificado. Ò educador será orientado a trazer o tema para a realidade dos mesmos de forma o deixar a mensagem de que todos da escola e da família do aluno(a) estão dispostos a ajudar a quem necessite de ajuda, seja para ficar mais protegido ou mesmo para levar a situação até a família e daí procurar tratamento adequado.
A técnica da Roda Dialógica deve sensibilizar os alunos trabalhando abordagens de temáticas em sala, laboratórios entre outros locais da escola, trazendo para o ambiente o tema drogas, focando na escuta das experiências dos alunos no seu convívio dentro e fora da escola. Neste momento o educador precisa estar mais para ouvir e tirar as dúvidas dos alunos.
Outra atividade pedagógica a ser definida junto com a coordenação pedagógica da escola é o Professor Coordenador de Turma, que ficará responsável de observar, acompanhar, orientar e fazer o acolhimento dos alunos detectados como de risco em relação às drogas. Este professor ficará responsável em aplicar o diagnóstico de riso e proteção, fará a análise dos dados coletados, emitirá relatório da vivência com os alunos, realizará o acompanhamento mais de perto e constante com os alunos que se encontram na margem de risco e vulnerabilidade interagindo com seus familiares convidando-os a vir a escola para conversar sobre o mesmo, aplicará a técnica da Roda Dialógica e desenvolverá atividades de interação em sala como dinâmicas.
Os funcionários da escola receberão orientações sobre o trabalho que estará sendo realizando na escola, estes precisaram estar ligados nas ações para também compartilharem seus conhecimentos adquiridos sobre os alunos, pois são os funcionários que estão sempre circulando na escola em contato direto com os alunos em seu momento de intervalo e sabe-se que são nestes momentos que os alunos estão mais abertos a fornecer informações sobre eles mesmos.
O Núcleo Gestor da Escola através de seus profissionais de coordenação será o mediador e motivador das ações junto aos professores e funcionários. A coordenação da escola que possui formação de prevenção de drogas na escola através deste curso estará fazendo a ponte entre os professores-alunos-família, na forma de buscarem juntas soluções pedagógicas para ajudar aos alunos.
A escola está se articulando mais ainda com seus potenciais parceiros, próximos ou não, da rede pública ou privada, como: Fornecer informações à família de alunos de locais de atendimento especializado para tratamento, Locais de atendimento em atividades alternativas, locais de orientação especializada, locais que o aluno (a) possa desenvolver atividades para preencher seu tempo ocioso entre outras.
As reuniões dos pais que acontece a cada bimestre será o momento que as palestras serão executadas. No primeiro Bimestre de 2011 a palestra será sobre o tema: Prevenção de Drogas na Sua Família, onde traremos pessoas convidadas especialistas no assunto e famílias para fazer depoimento sobre sua experiência com filhos envolvidos com drogas. A segunda será no 3º bimestre de 2011, onde apresentaremos os resultados alcançados pelo projeto de prevenção de drogas na escola e abordaremos uma temática a ser definida posteriormente.
Os recursos físicos serão os que a escola tiver disponíveis como: Salas para exibição de vídeo; Sala de apoio pedagógico para capacitação climatizada; Laboratório de informática e ciências; Sala do Grêmio Estudantil que servirá como sala de mediação de conflitos, Internet Sem Fio via Wire Less e Sala de Multimeios.
Os recursos materiais que a escola dispõe são: Note Boke; Projetor Multimidia; TV de Plasma; Copiadora; Som para reprodução de CD, MP3 e entrada USB.
Cronograma
Realização das conversas individuais com os professores para definir a data de aplicação dos questionários de conhecimento do risco e proteção
A partir do Dia: 05/05/11
Aplicação do questionário de conhecimento de risco e proteção nas turmas
A partir do Dia: 09/05/11
Formulação da Relação dos alnos com maior grau de risco de envolvimento com drogas
Análise do risco e proteção das turmas
Considerações Finais
Pretende-se realizar uma série de atividades voltadas para a saúde educacional dos alunos da escola.
Esperamos ter um diagnóstico por Série/Turma do grau de risco e proteção dos alunos, bem como, uma porcentagem por Série/Turma dos gêneros em relação ao risco e vulnerabilidade.
Pretende-se ter uma relação dos alunos que se encontram em risco para acompanhamento da sua vida educacional e sócio-familiar.
Promover a sensibilização dos educadores para a importância das atividades de prevenção em saúde educacional como foco na mantença de alunos fora do mundo das drogas visando uma melhor convivência com estes em sala de aula.
A partir do modelo de atenção em saúde proposto pelo projeto, pretende-se atingir o objetivo de intervir abrindo espaços para discussão do tema drogas na escola com entidades locais acessíveis a escola, chamando os educadores a refletirem sobre seu papel formador e motivando-os a aderir ao projeto como forma de agir na formação dos adolescentes e jovens cidadãos da escola, respeitando o momento dos alunos, os interesses e trabalhando principalmente com a formulação de questões pelos grupos e com o desenvolvimento de atividades nas quais os estudantes pudessem agir de forma criativa e investigativa. Como resultado das Rodas Dialógicas os grupos os professores coordenadores de turma devem buscar uma marca ética do grupo, na busca da ruptura com o modelo tradicional de ensino, perpassando sua atuação colocando em práticas algumas ações e princípios da psicopedagogia, procurando dar voz aos alunos e criando possibilidade de participação e de tomada de decisões.
A escola como entidade formadora de cidadãos críticos e participativos precisa ter diferenciais que garantam o sucesso dos alunos na sua vida social, para isso precisa trabalhar estratégias, mecanismos de diálogo e exercício de sua autoridade através de procedimentos que iniba a atuação indisciplinar dos alunos, pois se não tomadas as providências necessárias e energias com procedimentos firmes, poderá ter bastante problemas em se colocar junto aos alunos, onde estes devem ver a escola como espaço de expressão de seus potenciais benefícios e não maléficos.
Partindo da ótica de que a escola sabendo se colocar firmemente frente aos desafios que lhes são propostos pelos alunos no dia-a-dia escolar, com certeza ter-se-á uma convivência de respeito e paz na escola entre professores, alunos, funcionários e familiares.
As ações por si só deste projeto, irá levar ao adolescente a se propor em colaborar com as atividades e ações, o que devemos levar em consideração, é que nosso público é bastante sensível a todas as atividades que trazem benefício para eles próprios, assim, estes adolescentes multiplicadores serão absorvidos durante todo o projeto em diversas atividades por adesão própria.
O incentivo à participação dos sujeitos sociais no processo de produção de saúde, tal como foi feito neste projeto, assemelha-se ao proposto pelo modelo em defesa da vida.
Ao contrário da demanda da escola por ações pautadas pelo modelo biomédico, baseado na função curativa e orientado pelo especialismo, buscou-se focar a experiência de intervenção da pedagogia e da psicopedagogia em um modelo de educação e saúde alternativa.
Precisa-se assim, agir utilizado métodos em defesa da vida, que inclusive tem servido como base para os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação e Cultura e para as ações em saúde escolar. Considerando que a escola é um espaço multidisciplinar e a atividade de prevenção em saúde na escolar deve desenvolver um pensamento crítico-reflexivo acerca dessas ações, não as tomando como naturalizadas e enraizadas.
Para obter resultados mais completos, torna-se necessário acompanhar esses adolescentes por um período contínuo, para perceber que impactos das intervenções feitas a partir do acolhimento feito inicialmente pelos professores e depois pela coordenação pedagógica.
Por isso, o projeto foi pensado em que os próprios professores de sala, escolham uma turma a ser trabalhada por ele durante todo o processo, assim, nossa equipe multidisciplinar de educadores estarão integrando ao currículo escolar conteúdos e ações interdisciplinarmente.